terça-feira, setembro 19, 2017

Colhe o Poeta a Cor do Sonho ...






Colhe o poeta a cor do sonho na paleta
Com as nuvens sobe a esfera onírica porém presa
E na nesga rasgada sem saber se sai ou entra
O mar ao longe...

Advinham-se corpos irreais em transparência
Reclinados sobre colchas sem memória
Como sombras pressentidas na luz imensa
Que o dia clama...

Talvez crianças caprichosas ou velhos faunos
Desfaçam a cortina ou a subtil brisa nos descubra
Desnudados sem culpa ou sem remorsos
Bárbaros e puros...

Talvez deste lado da paisagem onde beijos correm
Como ondas e os dedos do poeta se deslassam
O azul capriche no tempo breve e em suave tarde
Apenas os corpos reinem...


Manuel Veiga

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