O horizonte é uma linha
curva,
Ou um ponto de fuga
Bem se sabe...
Bem se sabe...
Ou talvez as velas de um
barco sem leme
Enfunadas de Distância e
azul breve
Roteiro além Dor
E Poeta maior!
Um pouco mais de azul
E seria
Céu o dito poeta-maior.
Na tarde que arde
A esbracejar, é certo, assaz
perdido
Nas águas bravias do
Bojador.
Sabe-se lá com que
lágrimas de sal
Ou fogoso ardor!
E que fadário é o meu! Sem
barco,
Nem meta, na bocarra
infecta
De um qualquer Macaréu!
Ou entre ilhas nuas e graciosas loas
Ancoradas em gentil Camaféu.
Manuel Veiga
Sem comentários:
Enviar um comentário