sábado, agosto 12, 2017

Anotações de Verão III


 Cada onda um corpo aberto
Em combustão mordente. E o céu
A derramar-se num azul invertebrado.

E uma litania benigna
A tomar conta
Dos sentidos.

De súbito
Desprendem-se uns seios.
Impúdicos.

Solo de jazz. Vermelho vivo.



Manuel Veiga

Sem comentários:

ESCULTOR O TEMPO

Escultor de paisagens o tempo. E estes rostos, onde me revejo. E as mãos, arados. E os punhos. Em luta erguidos…  S ons de fábrica...