sexta-feira, novembro 18, 2016

Flor de Lume a Derramar-se...


Quando  nudez explode generosa flor
Em pétalas (re)colhida. E os olhos se derramam
Como o rio sobre as margens.
Ou perfume raro que inebria
E ousa e perdura
Subtil presença.

E os sentidos são poema e sinfonia
E o sorriso serena entrega
E o olhar se anuncia
Mergulho
E roteiro
E secreto
Mapa

E ventos labaredas em fusão de bocas
Vaivém e ondas soltas
A explodir em pontas
Bailado de salivas
E de urgências
Várias.

E os corpos já não corpos.
Apenas sede e águas!

O mar é apenas gota
Marés cheias
São ternuras
E as ondas
Alvoroço.

Flor de espuma que abra(s)ça
E se extingue. Êxtase. 
Flor de lume. 
Fecunda.

A derramar-se – lago
E mastro.

Manuel Veiga






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