domingo, junho 26, 2016

POEMA QUASE-NADA....


Despenha-se o poeta no vórtice
Qual sarça onde a palavra nasce
E reina. E arde labareda
Feita carne. E lume.

E o olhar rodopia.
Cascata de fogo
E água.

Agora é chama. Que reclama.
E se evapora na distância.
E na ausência-presença
Que se cuida. E guarda.

Poema
Que sendo quase-nada
Se declina. E se proclama
Sinfonia.

Manuel Veiga



15 comentários:

maceta disse...

provavelmente o poema é quase tudo...
abraço

Fê blue bird disse...

Quando um poema acaba em sinfonia não pode ser quase-nada, pois é tudo!

Um beijinho

Suzete Brainer disse...

Um poema encantador, chama (de fogo e do verbo chamar)
na luminosidade de Ser poema-sinfonia!...

Este poema declama a essência da poesia que preenche
os silêncios. A música se impõe para o poeta, assim
o poema nasce!

Bravo!!

A música que acompanha é belíssima numa
pura harmonia com o poema-sinfonia!...rss
Adorei, meu Amigo.

luisa disse...

Mesmo sendo quase-nada é quanto basta para eu ficar aqui embalada pela música e pelas palavras. :)

Mar Arável disse...

Na verdade improvável meu irmão

Abraço

Tais Luso de Carvalho disse...

Amigo Manuel, passando para conhecer mais de seu belo blog, seus textos e poemas. Sua escrita. Estou seguindo Relógio de Pêndulo. Em breve voltarei.
Grande abraço, aproveito para agradecer, também, sua cordial visita!

Graça Pires disse...

Tão belo! e li-o alto, ao som da maravilhosa música de Chopin. E não sabes como ressoou no meu coração...
Um beijo, meu Amigo.

jrd disse...

E basta uma sílaba, uma nota e nasce um poema, uma sinfonia.

Abraço fraterno poeta

Branca disse...

Uma bela sinfonia de palavras...

Marta Vinhais disse...

Deixei que a música voasse com as palavras...
Senti a Primavera a florir em cada nota, em cada palavra...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta

Graça Sampaio disse...

Muito belo!! O ritmo das palavras muito bem conseguido! Poesia é tanto forma como conteúdo. E este tem um tal equilíbrio!...

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

um quase nada que se fez poema
sinfonia
de quase tudo

e o poeta cantou

;)

Agostinho disse...

Lerdo é que não!
Piano no início
vai crescendo em emoção
nota a nota a tua sinfonia
torna-se vício
redondo: voltar a ouvi-lo
e senti-lo
a arder vermelho

É sempre assim. Em hipnose.

Abraço

José Carlos Sant Anna disse...

E rapidamente, sem o procurar, achamos quase-tudo no poema; uma sinfonia a desejar-nos.
Forte abraço, Manuel!

Anónimo disse...

Caro Manuel,

Este seu poema foi lido no InVersos.
Pode encontrar a leitura aqui:

https://invers0s.wordpress.com/2016/07/23/inversos-manuel-veiga-poema-quase-nada/

Cumprimentos,
Rui Diniz
InVersos

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