quinta-feira, setembro 04, 2014

NÃO HÁ FESTA COMO ESTA...


 Transporta-nos ao Futuro. A Festa.
Como se o tempo fosse veleiro de todas as quimeras
E os punhos de agora explodissem em flores
Na boca das crianças...

E o ventre da terra fosse uma papoila ruiva
No corpo das searas. E os braços dos homens
Fossem torrentes de afectos no ombro cansado
De todos os proscritos...

E o trabalho o generoso gesto da partilha dos frutos.
Apenas.

Transporta-nos ao Futuro. A Festa.

Na claridade integral dos dias pressentidos
Que os homens desenham no ardor de suas lutas.
E na reinvenção do amor em cada esquina.

E no farnel da Igualdade.
E na febre de Liberdade.

Que os hinos sejam. Então. E os rituais se cumpram
Como umbrais de Esperança. E luz de alvorada.
E lanterna. E guia nos passos de dor
Que trilhamos.

E a porta aberta. Seja.

E o rosto dos homens livres e diversos
Seja em seus traços alegoria sinfónica
Do Mundo...

Manuel Veiga






7 comentários:

Sónia M. disse...

(Já escrevi isto noutro lugar...)

Que a festa seja rija!

Beijo

Rogério G.V. Pereira disse...

Lá estarei meu irmão e levarei teu poema erguido em minha mão.

(também ele nos transporta ao futuro)

Mar Arável disse...

De Atalaia

em festa

jrd disse...

Não há festa como esta. Nem poema, nem hino, nem futuro como estes.
Abraço meu irmão

Shirley Brunelli disse...

Querido amigo de além mar, um dia estaremos diante dos portais da esperança, iluminados pela alvorada de um novo mundo e então, o futuro será venturoso. Certamente que sim.
Beijos!!!

Helena disse...

Ah, essa Festa! No dia que ela chegar que haja explosão de Luz no mundo e explosão de amor no "rosto dos homens livres e diversos".
Sorrisos e estrelas,
Helena

bettips disse...

Tão mas tão GRANDE que ninguém a pode ignorar - uma vingança de tanto silêncio derramado com sangue!
Abç

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