Relógio de Pêndulo
Companhia das Letras
Poema "Quase-Nada
terça-feira, abril 24, 2018
domingo, abril 22, 2018
O BRONZE E O TIMBRE
Asas ainda. Latejante flor de Abril
Alvoroçada. E desvelos a inflamar gargantas.
E memórias. Como se o tempo fosse
Sentido único.Veredas que se soltam e se derramam
No excesso.
E os olhos em febre
Que nada nesse caudal é
mesquinho:
Nem o canto, nem as
lágrimas
Nem a desmesura
Das bandeiras.
A rudeza onde estendemos
o pão
É pedra afeiçoada. E
frutos que germinam
Nas margens. E se desprendem
Em maciez de bocas
Sôfregas.
Na altivez precária do
porte
E dos gestos perfilam-se
então antigos ritos
Que rebentam as
grilhetas
De tão pródigos.
E no cerco dos dias
presentes
Na cidade sitiada de
sombras
Nos obscuros heróis
corroídos
Herdeiros do medo e da
fome
O bronze e o timbre
Modelam o rosto do tempo
E afeiçoam o imorredoiro
grito.
Viva a Liberdade!...
Manuel Veiga
(poema reeditado)
quinta-feira, abril 19, 2018
SOL E NADA...
Tensão do arco
E a palavra aberta
Avançada
No limite
Da seta.
E o poema - sol e nada
Meteorito de fogo
E água
Que se derrama na elisão
Da curva e explode
E arde
E se ilumina
Poalha e cascata de lume
Nas obscuras dores
Da humanidade.
Manuel Veiga
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